Suporte

Office 365

Soluções em nuvem da Microsoft chegam ao Brasil

segunda-feira, 3 de maio de 2010



Para quem aguardava os próximos passos da Microsoft em relação à estratégia de computação em nuvem no Brasil, a espera chegou ao fim nesta segunda-feira (12/04). A companhia anunciou a chegada do BPOS (Business Productivity Online Suite), conjunto de soluções de mensagens e colaboração, e do Windows Azure, plataforma de aplicações na nuvem, o que abre um novo horizonte de possibilidades para o canal.
"Cerca de 70% de todos os nossos profissionais de desenvolvimento já trabalham com a plataforma em nuvem. E esse número vai chegar a 90% até o final do ano", estima Eduardo Campos de Oliveira, gerente-geral de produtividade e colaboração da Microsoft Brasil, ao corroborar os esforços internos da companhia em incorporar a cultura da cloud computing.
Oliveira ressalta o foco em prover uma oferta complementar ao cliente, em que ele poderá optar por hospedar parte das soluções nos data centers da companhia, com pagamento no modelo de aluguel. "Há várias evidências de que, se algo é benéfico para o cliente, ele fatalmente será agente dessa mudança. Cloud computing não é uma tendência, isso já está acontecendo", avalia o executivo, que não acredita, no entanto, em uma ruptura do modelo atual.
Do ponto de vista do canal, a companhia ressalta as oportunidades de receita com a venda de serviços e garante que manterá uma série de ações ao longo deste ano para inserir as revendas nesse novo conceito. "Conforme a oferta começar a ser adotada por mais e mais clientes, o parceiro vai entender que isso é bom para ele também".
** O QUE SÃO **
O BPOS é um conjunto de soluções para mensagens e colaboração. Ele compreende o Exchange Online, SharePoint Online, Office Live Meeting e Office Communications Online, entregues na forma de assinatura e na nuvem.
O Azure é uma plataforma de aplicações na nuvem, composta por sistema operacional (Windows Azure), banco de dados (SQL Azure) e conectividade com serviços .net. Permite desenvolvimento, armazenamento e gerenciamento de serviços e pode ser utilizada para construir novas aplicações baseadas na nuvem.
** MODELOS DE VENDA E PREÇOS **
O BPOS é oferecido no formato standart e permite que uma empresa adquira uma plataforma de mensageria e colaboração em 48 horas. A compra pode ser realizada por meio de cartão de crédito internacional ou licenciamento de volume, por US$ 10 ao mês por usuário. O cliente tem a opção ainda de adquirir os softwares separadamente, mas, só o Exchange, por exemplo, sai por US$ 5 ao mês por usuário. O SLA é de 99,9%, "com uma diferença em relação a outros concorrentes, pois contamos do momento em que o usuário da ponta fica sem acesso, e não horas depois", afirma Oliveira.
Já o preço do Windows Azure é baseado na medição do consumo dos serviços usados pelo cliente. Empresas de todos os portes podem adquirir a plataforma por meio da rede de parceiros da Microsoft ou no site http://www.microsoft.com/brasil/windowsazure. Além da forma de pagamento sob demanda, o cliente pode adquirir um pacote por assinatura, "muito parecido com o que as TVs a cabo fazem", explica Danilo Bordini, gerente de marketing para Windows Server e virtualização da fabricante.
Em valores, uma hora de poder computacional do Azure custa a partir de US$ 0,12. O cliente paga US$ 0,15 por gigabyte armazenado e há duas versões: a Business Edition, que permite a gravação de até 10 gigabytes na nuvem por US$ 99,99 ao mês; e uma versão web, por US$ 9,99 ao mês. O pagamento pode ser feito por cartão de crédito.
** MERCADOS POTENCIAIS **
O BPOS esteve em fase de testes desde novembro de 2009 e, de lá para cá, 2 mil clientes experimentaram o serviço. "A oferta é destinada à grande massa de empresas, mas há desde pequenas até grandes companhias bem conhecidas", diz Oliveira, que contabiliza pelo menos 25 mil usuários das novas ferramentas. "Em pequenas e médias, estamos falando em 2 milhões de empresas como alvo primário", estima o executivo, que ressalta a possibilidade de chegar a clientes que, até então, não eram acessíveis.
Quanto ao Windows Azure, Bordini visualiza quatro cenários principais: a capacidade de processamento em lote; possibilidade de crescimento rápido; solução para demandas não esperadas; e também para cargas sazionais, em que o cliente tem picos de utilização de computação. As empresas podem fazer o escalonamento vertical e horizontal de maneira simplificada, sem procedimentos operacionais complexos.
Para o desenvolvedor de software que fizer a assinatura da plataforma, há um desconto de 5% e as aplicações desenvolvidas ficam hospedadas nos servidores da Microsoft. "Estamos em conversas com fabricantes no Brasil, como empresas de ERP, para que tenham a opção do software construído sobre o Azure", revela Bordini. Ele menciona também que já existem quatro casos de sucesso assinados em que parceiros são contratados pelo cliente para fazer a portabilidade, compra ou aluguel de aplicação.
** MICROSOFT X CONCORRENTES **
De acordo com Oliveira, 70% das grandes empresas que hoje contam com o BPOS trabalhavam na plataforma Lotus Notes, da IBM. E quanto à investida do Google no corporativo, o executivo alfineta: "O ganho do Google é muito questionável, pois busca empresas que antes tinham solucões muito simples, como POP3. O que miramos são soluções realmente corporativas, com uma abordagem que o Google não consegue ter".
Outra vantagem destacada pelo executivo é a integração total com os produtos atuais: "Temos mais de 20 clientes em negociação e em praticamente 100% deles existe a integração dos softwares existentes com a solução em nuvem. Não é uma questão de migrar tudo para a cloud computing, o cliente escolhe o melhor dentro do cenário que ele tem".
** DO LADO DO CANAL **
A Microsoft afirma que possui mais de 130 parceiros já preparados e credenciados na venda do BPOS, o que também acredita ser um diferencial em relação ao Google, que possui poucos parceiros e possibilidade restrita de receita com serviços. Segundo Oliveira, por semana, há uma média de 10 a 15 novos parceiros credenciados, e a expectativa é atingir 10% de todo o canal da Microsoft no Brasil - cerca de 1,5 mil revendas.
Em termos de licença, a revenda ganha 12% por usuário quando traz um novo cliente, mais 6% por usuário ao ano. No caso dos distribuidores -"neste primeiro momento, eles têm o papel de auxiliar na captação de revendas e recebem uma margem por isso" - afirma Oliveira, sem dar mais detalhes sobre a adequação dos parceiros de distribuição dentro dessa nova oferta. Ele ressalta, porém, que não se pode olhar para o novo serviço de forma desconectada do "outro mundo Microsoft".
A companhia afirma que os parceiros hoje dedicados à venda de licença continuarão a ter o atrativo do licenciamento de volume. "O BPO tem sido uma adição, não uma substituição", reforça Oliveira. Segundo ele, alguns canais já têm trabalhado no sentido de customizar a sua oferta, com a criação, por exemplo, de pacotes de serviços. "Alguns enxergam uma tremenda oportunidade, outros estão na fase da negação. Mas estamos promovendo muitos treinamentos e comunicação para explicar ao parceiro como ganhar dinheiro com isso".
No caso do Azure, a Microsoft selecionou os 70 maiores ISVs que já têm relacionamento com a fabricante, a fim de prepará-los para a nova plataforma. No momento, há 16 projetos pilotos em grandes clientes, segundo Bordini.

0 comentários:

Postar um comentário

Aceito esses cartões

Imagens de solução