Sua atenção deverá ser dobrada.

Seja para melhorar o atendimento ao cliente ou aumentar a eficiência dos processos internos, o uso dos computadores e da internet trouxe consigo uma série de vantagens inquestionáveis, mas também riscos à segurança das informações privadas das empresas. Nesse sentido, a vulnerabilidade das informações é uma grande ameça à rentabilidade empresarial.

Quem é que não teve - no trabalho ou mesmo em casa - o dissabor de ter tido o computador infectado por uma "praga"? Se a resposta for sim, bem-vindo ao time. Eles são o terror de quem usa a internet. “Só navegar pela internet já é um risco de ter o computado invadido ou os dados capturados”, diz o especialista em redes MCSA-Inaldo Barros Júnior, soluções em Tecnologia.

Uma vez que o e-mail é um dos principais canais de disseminação de vírus (infecção de programas e arquivos ou a destruição das informações), fica a recomendação de dobrar a atenção antes de abrir uma mensagem e executar o arquivo anexado, sobretudo de remetente suspeito ou de origem não confiável.

“Hoje mesmo, recebi um e-mail em que fui informado de que havia ganhado uma TV LCD das Casas Bahia”. Uma notícia muito boa para ser verdade. Em comunicado oficial, emitido no início da semana, a empresa afirmou tratar-se de e-mail falso e alertou os usuários a deletarem a mensagem sem abrir seu conteúdo.

Infelizmente, o número de ameaças on-line não para de crescer, mas a indústria de segurança digital tem dado respostas eficientes para reduzir a vulnerabilidade. Segundo Inaldo Barros Júnior, a atualização, no mínimo diária, do antivírus que verifica se as mensagens estão contaminadas e o uso de softwares originais são regras básicas de segurança digital.

Além disso, na tentativa de manter a segurança e privacidade das informações é preciso recorrer a outras ferramentas como anti-spam (bloqueia endereços indesejados), firewall (ajuda a bloquear hackers, vírus e outras pragas) e anti-spyware (contra o programa espião que envia pela internet tudo o que é digitado pelo usuário, inclusive, senhas de bancos).

Esses mecanismos também servem de escudos aos computadores portáteis. Vale lembrar que, conectado a redes inseguras, como pontos de acesso wi-fi livres (neste caso, as informações trafegam pelo ar), o notebook pode ter os dados capturados. Da mesma forma que a saúde pede cuidados, o computador também: nem praga real e nem virtual.


Fique de olho

Caso você receba um e-mail ou mensagens instantâneas de alguém conhecido oferecendo um programa ou link, cheque com o remetente se de fato ele a enviou;
Os e-mails falsos mais comuns são os que usam o nome de banco. Alguns são especialmente feitos para se parecerem com os sites de bancos originais e tentam fazer com que o usuário digite informações pessoais em um formulário. E-mails falsos muito frequentemente contêm erros de português - que ajudam os falsários a burlarem os filtros anti-spam;
Há serviços e processos para criptografar os dados de e-mail e dados da própria empresa;
O Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (Cert) disponibiliza uma cartilha com dicas para manter a segurança do usuário que utiliza a internet. Mais informações no site do Cert.

Outras pragas virtuais


Cavalo-de-tróia: assim como o mitológico cavalo de Tróia parecia ser um presente, mas na verdade escondia soldados gregos em seu interior que tomaram a cidade de Tróia, o cavalo-de-tróia virtual está dentro de um arquivo que parece ser útil, como um programa ou proteção de tela - que, ao ser executado, é instalado. Pode contaminar arquivos e capturar dados armazenados;
Keylogger: programa que grava tudo o que é digitado no computador. Dessa forma as senhas são facilmente armazenadas num arquivo simples de texto que depois é acessado por alguém mal-intencionado externamente;
Conficker: o Brasil está entre os países mais contaminados pelo Conficker, um poderoso vírus que entra por meio da internet ou por dispositivos de memória, como pendrive, e acessa uma brecha do Microsoft Server ou Microsoft Windows. Essa praga virtual permite aos hackers acesso irrestrito aos computadores infectados.

Cordialmente;
MCSA-Inaldo Barros Júnior